Diversas ruas da capital portuguesa terão limite máximo de velocidade reduzido para 30 km/h a partir do início de 2025. A nova regra foi aprovada nesta quarta-feira (30) pela Assembleia Municipal de Lisboa como recomendação à prefeitura para diminuir acidentes e a poluição no espaço público.
A iniciativa, liderada pelo partido PAN (Pessoas, Animais, Natureza), quer principalmente transformar Lisboa numa "cidade amiga das crianças". Segundo o autor da proposta, o deputado António Morgado Valente, o novo limite de velocidade não visa apenas proteger os jovens a caminho da escola; é também um o para tornar Lisboa mais ível para os pedestres e ciclistas, promovendo um estilo de vida mais sustentável e seguro para os residentes e visitantes.
Ações propostas
Ao defender o plano, Valente explicou o sentido do plano: “Criar áreas seguras nas proximidades das escolas, onde as crianças possam atravessar as ruas sem a necessidade de supervisão constante de adultos, é crucial,”
Os novos limites de velocidade vêm acompanhados das seguintes medidas complementares para melhorar a segurança urbana:
Rotas seguras: a cidade vai implementar “rotas seguras” nas áreas escolares para incentivar a caminhada e o ciclismo;
Instrumentos de moderação de tráfego: estão previstos mais redutores de velocidade e eios mais largos nas zonas escolares e outras áreas pedonais movimentadas;
Melhoria do transporte público: estão em curso planos para aumentar a frequência e ibilidade dos transportes públicos, com enfoque em rotas como os autocarros “amarelos” escolares para aliviar o congestionamento.
Segundo seus propositores, as mudanças fazem parte do esforço mais amplo de Lisboa para tornar a cidade mais sustentável e saudável, reduzindo a poluição do ar e sonora e promovendo ruas mais seguras. Além disso, a capital lusa junta-se a outras cidades europeias que vêm priorizando a mobilidade ativa.
A recomendação "Lisboa uma cidade mais amiga das crianças" a agora às mãos do poder executivo (a Câmara Municipal), depois de ter sido aprovado pela quase unanimidade dos deputados da Assembleia Municipal (o órgão legislativo da cidade). A única exceção foi o partido de extrema-direita Chega, que votou contra a iniciativa.
A proposta inclui ainda a instalação de lombofaixas ou eios contínuos para moderar a velocidade dos carros; a ampliação das zonas pedonais; medidas para diminuir a poluição nos arredores das escolas; reforço no transporte público e no transporte escolar, com qualidade e horários regulares.
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