As calçadas e a ibilidade de toda a rua da Consolação, da rua Maria Antônia, da região da 25 de Março e do Mercado Municipal, além do entorno do parque Ibirapuera, vão ar por uma grande transformação nos próximos meses.
Esses locais, na zona central, e outros quatro pontos da cidade, que ainda não foram definidos, entram no conceito de "rotas íveis", que devem ficar prontas até julho do ano que vem.
A ideia é que pedestres, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida consigam transitar de forma segura e confortável pelos cerca de 85 mil m² de eios que serão totalmente reformulados.
O recurso para as obras, R$ 19,5 milhões, foi reado à Prefeitura de São Paulo pelo Ministério do Turismo, que exige que as rotas escolhidas em por pontos de interesse público, com apelo de visitação, como museus, teatros e outros.
O trabalho vai envolver a padronização dos eios --a av. Paulista vai ser o exemplo--, com colocação de piso de orientação para cegos, rampas e sinalização.
As rotas também deverão ser interligadas com transporte ível e vão contar, em pontos mais movimentados, com semáforos sonoros.
"Esperamos que a iniciativa leve a uma mudança de mentalidade e de atitude. A expectativa é que tudo que esteja no entorno das rotas [comércios, serviços, lazer, entretenimento] crie condições de receber a todos", afirma a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Marianne Pinotti.
Ao lado da Secretaria de Coordenação das Suprefeituras, a pasta chefiada por Marianne é autora do projeto.
Por enquanto, nenhuma área da periferia está sendo contemplada no plano, mas uma rota nas proximidades do estádio Itaquerão, na zona leste, está em estudos.
"Esse recurso, em especial, deve privilegiar o centro, mas as ações vão avançar para zonas periféricas. Estamos fechando a criação de um fundo específico para melhoria de calçadas, com novas rotas, para ser usado pelas subprefeituras", diz a secretária.
META
Em seu plano de metas, o prefeito Fernando Haddad firmou o compromisso de tornar íveis 850 mil m² de calçadas, até 2016.
O investimento para isso ainda não foi alocado nem anunciado. As rotas íveis são tidas como um "começo" do processo.
Segundo a prefeitura, a cidade tem 30 milhões de metros de eios, suficientes para ir e voltar de Nova York, nos EUA, duas vezes.
O custo estimado pelo secretário Francisco Macena (Subprefeituras) para adequá-los é de R$ 15 bilhões.
Pela lei paulistana, o proprietário do imóvel é o responsável pela conservação das calçadas. Mas, nas rotas realizadas pela prefeitura, não haverá cobrança.
Há multa para quem não conserva ou mantém os eios dentro de um padrão --R$ 300 por metro--, mas a fiscalização não consegue dar conta de toda a extensão.
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Enfim, boas notícias