A leitora e arquiteta Larissa Markowicz reclama de uma das obras da Via Calma na Avenida Sete de Setembro, em Curitiba, esquina com a Rua Bento Viana. Segundo ela, o local se tornou perigoso porque tem um espaço elevado no meio da calçada. "Como eu sou arquiteta, sei quais são as leis e normas da prefeitura. Eles simplesmente não estão cumprindo a própria determinação", argumenta Larissa. Ela disse ainda que as duas calçadas [a antiga e a atual] não deveriam ter um plano elevado e que, se tivesse, deveria ser menor para evitar acidentes. "Muito menos um degrau bem no meio das calçadas", reclama.
A Via Calma faz parte das obras de melhorias para a Copa do Mundo em Curitiba. O trecho de reformas tem 2,8 quilômetros de extensão e fica entre a Rua Mariano Torres e a Praça do Japão, na região central. O espaço permite que os ciclistas transitem exclusivamente pelo lado direito da via, sobre área demarcada em linha tracejada. A velocidade máxima permitida para carros e motos é de 30 km por hora. As obras devem ser concluídas na próxima semana, segundo a prefeitura.
O morador Aristides Pereira de Oliveira Neto também não concorda com a construção. "Eu achei bacana a ideia da reforma, mas parece que eles [a prefeitura] não pensaram muito em ibilidade", declara o morador. O acidente ocorreu quando Aristides utilizava a via para ciclistas do trecho. "Eu esqueci do meio-fio e caí com a bicicleta quando tentava entrar no meu prédio", conta. "Eu acho que se aconteceu comigo, pode acontecer com outras pessoas", acrescenta. Aristides também relatou que não há o prático para os cadeirantes no trecho de reforma.
Procurada pelo G1, a Prefeitura de Curitiba afirmou que não há erro de execução no projeto da calçada. "As obras seguiram as orientações do projeto do IPPUC que, inclusive fez a adequação da calçada seguindo normas de ibilidade. A calçada que está acima do nível é de propriedade particular. O chamado 'meio-fio' foi uma contenção feita na área do Município para calçar o 'petit-pavet' da área que não é de responsabilidade da Prefeitura", diz a nota.
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