Moradores da zona oeste da capital de Roraima, Boa Vista, reclamam que têm enfrentado dificuldades para ter o ao transporte público da capital. Sem rota de ônibus e táxi-lotação, as pessoas precisam andar vários quilômetros até chegar no ponto para pegar o transporte público.

Sebastiana Batista e seu esposo, Luciano, moram há oito anos em uma chácara no bairro Operário, na divisa com o bairro Senador Hélio Campos. Eles contam que, para pegar lotação ou ônibus, é necessário ir ao bairro vizinho. "A gente vai a pé. De manhã a minha filha sai e deixa a gente onde precisa, mas ela tem as obrigações dela também e a gente vive a pé", afirmou a aposentada.

Do outro lado do Operário, na divisa com o bairro Nova Cidade, vive Antônio Martins. Há 10 anos morando no local, Martins afirma que os veículos am no local de forma esporádica e insuficiente. "Sempre tem uma época que a mais outra menos, mas não dá para esperar por ele".

Para quem não tem moto, carro e nem transporte público, a bicicleta é o transporte mais oportuno. Francimar Souza, é motorista e mora no bairro Equatorial. Nos dias de folga, quando costuma levar o filho para visitar a avó, ele e o menino percorrem vários quilômetros sob o sol na bicicleta.

"A dificuldade é porque não tem transporte. Nessa rota aqui podia ter. Principalmente sábado, domingo e feriado. Quem mora aqui a dificuldade é grande. O meio de transporte é carro ou moto para quem tem, quem não tem, é bicicleta", lamentou.

O que a prefeitura diz

Por nota, a prefeitura de Boa Vista informou que o estudo feito pela Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) revelou que o bairro Operário possui uma demanda baixa de usuários de táxi-lotação, portanto, o local é atendido pelo transporte apenas nos horários de pico de acordo com um cronograma estabelecido. Entretanto, a empresa afirmou que fará uma nova pesquisa para fazer uma adequação dos serviços oferecidos.

A prefeitura disse ainda que o táxi-lotação tem a obrigação de fazer a rota de ônibus. Caso o usuário tenha uma reclamação sobre isso é só entrar em contato com a central de atendimento pelo número 156.

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